Agricultura de Ibiúna: o que será dela?

Precisamos falar sobre a agricultura de Ibiúna. Sabemos que a atividade agrícola envolve preparar a terra, plantar, cultivar, colher, mas vai muito além disso. Será que estamos pensando em desenvolver, modernizar o setor, como deveríamos? Isso é preciso, pois corremos o risco de ver a agricultura desaparecer nas próximas décadas.

Alguns indicativos chamam atenção, quando se fala na agricultura de Ibiúna, o que causa muita preocupação. Acompanhe:

Jovens deixam o campo

É fato que muitos jovens estão deixando o campo em busca de oportunidades na cidade (cada vez mais escassas, diga-se).

Áreas agrícolas vendidas

Basta olhar em sites como a OLX ou ver fotos de hoje e compará-las com as do passado para ver o quanto as áreas agrícolas deram espaço a condomínios ou apenas loteamentos clandestinos. Há casos em que o dono da terra vende sua propriedade e acaba trabalhando de caseiro no local em que nasceu e viveu.

Meio ambiente ameaçado

Com a destruição de nascentes e mata ciliar, excesso de bombas retirando água dos rios, poluição das águas, desmatamento e outras atividades que degradam o meio ambiente, não só a fauna e a flora sofrem. O próprio agricultor é prejudicado.

Distribuição desigual de recursos

Muitos pequenos produtores se preocupam apenas em plantar e colher, sem se importar em aprender técnicas para vender seu produto. Com isso, ficam à mercê de profissionais que compram na roça pagando muitas vezes o preço que impõem e negociam com as redes, obtendo parte mais vantajosa no lucro.

Desunião entre pequenos

O associativismo e o cooperativismo, alternativas que poderiam facilitar na comercialização e no acesso a recursos governamentais, modelos que dão muito certo no mundo inteiro, não são bem vistos pelos em Ibiúna, simplesmente por falta de informação.

Falta de políticas públicas

Por último, a cidade sofre com falta de políticas públicas que beneficiem a agricultura de Ibiúna. Faltam estratégias para educação, capacitação, qualificação profissional no campo e o poder público poderia encabeçar isso. Por outro lado, historicamente, a parte do orçamento do município destinado à agricultura é muito pequeno, o que impossibilita programas efetivos.

Há esperança?

Sempre há esperança. Ela é verde como nossos campos ainda são. Mas, para que a Agricultura de Ibiúna seja preservada, precisamos abrir os olhos para os problemas que o agricultor enfrenta, discuti-los, cobrar atitudes dos responsáveis e, principalmente, mudar nossa própria mentalidade.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *